10 de novembro de 2010

Termina rebelião de presos em Manaus


Três detentos foram mortos por colegas, segundo Secretaria da Justiça.

Cinco reféns foram liberados sem ferimentos.


Terminou, na noite desta quarta-feira (10), a rebelião de presos na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal, no Centro de Manaus. Três detentos foram assassinados por outros presos durante o motim, segundo o secretário da Justiça e Direitos Humanos do Estado do Amazonas, Carlos Lélio Lauria.

Cinco pessoas que eram mantidas reféns saíram do presídio sem ferimentos e passam bem. Antes, os presos já tinham liberado um refém.
Cerca de 200 presos participaram da rebelião, que teve início depois que um grupo de presos de um pavimento invadku outro setor. Eles atearam fogo a colchões e destruíram celas.
O secretário afirmou que a  conduta dos detentos durante a rebelião será apurada. Após a indentificação dos autores dos homicídios, os envolvidos terão responder pelos crimes à Justiça. principal reivindicação dos presos durante a rebelião foi revisão dos processos. O secretário afirmou que os casos serão revistos por juízes e pelo Ministério Público, em conjunto com a OAB. Ele garantiu ainda que haverá um procedimento para apurar se familiares dos detentos foram maltratados pela guarda do presídio e se houve problemas no fornecimento da alimentação, conforme reclamações dos presos."Nós consideramos desproporcional a atitude dos internos com as exigências que eles apresentaram. Não se justifica matar três detentos, colegas deles, por essas reivindicações", afirmou Lauria.
"Nem sempre é possível tornar ágil esses processos, porque alguns presos possuem mais de um. Em relação ao constrangimento dos  familiares por policiais militares que compõem a guarda do presídio, nós vamos investigar com muito rigor serealmente ocorre algum problema, porque essa não é uma orientação da Secretaria da Justiça nem da Polícia Militar", afirmou Lauria.
Com o término da rebelião, homens da Polícia Militar entraram no presídio para realizar uma vistoria nas celas. De acordo com o secretário, a transferência de presos ainda não foi definida. No total, a cadeia pública em Manaus abriga 821 pessoas.

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