O candidato ao Senado, Edson Vidigal (PSDB), defendeu nesta quinta-feira durante a passagem da comitiva de Jackosn Lago por Vitorino Freire, São Luís Gonzaga e Bacabal, o direito das mulheres. O ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça lembrou que o Brasil é signatário de um tratado internacional, que o obriga a garantir esses direitos e a incrementar políticas de inclusão do sexo feminino no mercado de trabalho.
- Na administração pública, por exemplo, 43% dos cargos são ocupados por mulheres; e desses, apenas 15% ocupam cargos de confiança, cargos de chefia, o que é uma discrepância e discriminação com a capacidade profissional das mulheres – observou o ministro.
Vidigal também observou que 40% das mulheres que estão no mercado de trabalho, ocupam posições precárias na escala funcional, o que resulta em piores salários. De acordo com o ex-presidente do STJ, essa situação só poderá ser modificada através do Senado, obrigando o cumprimento do tratado.
- O Brasil é obrigado a prestar contas de quatro em quatro anos, sobre o que está fazendo pelas mulheres, mas não o faz, exatamente pela omissão do Senado. Vamos fazê-lo cumprir, e assim corrigir essa injustiça com as mulheres brasileiras avisou.
Além da discriminação no mercado de trabalho, Vidigal apontou outros problemas enfrentados pelas mulheres, como a violência. No Brasil, segundo o ministro, a cada 15 minutos uma mulher é vítima de violência, ao mesmo tempo em que nos 5.560 municípios brasileiros existem apenas 339 delegacias especializadas no combate à violência contra a mulher.
- Isso é um absurdo, que deixa a mulher desprotegida e exposta às delegacias comuns quando procuram a Lei para denunciar esses canalhas que batem em mulher – protesta.
Na mesma desproporção, o País possui apenas 70 abrigos para mulheres vítimas de violência.
O ministro ainda apontou uma outra injustiça com a mulheres que é a falta de creches, para que as mães possam deixar seus filhos enquanto trabalham. Segundo o seu levantamento, somente 10% das mães que trabalham tem uma creche para deixar seus filhos.
- A grande maioria ou os deixa na casa do vizinho ou os deixa trancados sozinhos em casa, enquanto saem para ganhar o pão do dia-a-dia – disse.
Todo esse problema é gerado exatamente pelo falta de um senador que lhes defenda e garanta os seu direitos, por isso, avisou o ministro, ele será o advogado das mulheres no Senado.
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