Açailândia – No segundo dia de julgamento cinco testemunhas de defesa foram ouvidas e os trabalhos transcorreram com tranqüilidade e bem mais rápido que o primeiro dia. O clima só ficou mais tenso quando a promotoria exibiu fotos da perícia feita no corpo de Edinete.
O dia começou bem tranqüilo e com pouca participação popular. Nas primeiras horas do dia o plenário ficou quase vazio apenas com a presença de alguns familiares e representantes de entidades sociais. Os réus chegaram e a postura foi à mesma do primeiro dia. João bem tranqüilo e relaxado, em alguns momentos parecia estar aéreo com a mente voltada para outro lugar, em nenhum momento esboçou qualquer reação. Já Elisângela estava bastante apreensiva e alternando momento de tensão e choro.
A primeira testemunha a ser ouvida foi o gerente da loja que João trabalhava na época do crime. Em seguida foi à vez da mãe do réu que bastante comovida saiu em defesa do filho citando o bom comportamento que ele teria quando morava com ela. A terceira testemunha foi uma vizinha que enfatizou o que a mãe de João havia dito em seu depoimento e falou que ouviu de João que ele teria sido espancado por várias vezes para confessar o crime. Segundo ela, os responsáveis pelo espancamento teria sido o agente policial Guilherme e a Delegada Igliana que estavam à frente do caso na época.
A quarta testemunha foi um professor que teria dado aulas para Elisângela em uma escola particular, este somente confirmou um depoimento prestado a respeito da saída e chegada de Elisângela na escola nos dias que o crime poderia ter sido cometido.
Depois foi chamado o perito que trabalhou no caso. Ele explicou os pontos principais dos requisitos que constam no laudo pericial.
No momento em que a promotoria começou a exibir as fotos para que o perito pudesse fazer as explicações, o advogado de João, Antonio Borges interrompeu mais uma vez pedindo para que as imagens não fossem exibidas, alegando que poderia ser tendenciosas, o que gerou um leve bate boca com a promotoria.
A Juíza Alessandra Arcângeli julgou improcedente a alegação do advogado de defesa e permitiu que as imagens fossem exibidas enquanto o perito explicava o laudo pericial do corpo de Edinete Alves.
Durante o intervalo do almoço a juíza Alessandra Arcângeli que preside o júri fez uma análise do processo até aquele momento. Ainda no intervalo, João recebeu o apoio de uma amiga da família.
Conversamos também com o advogado de defesa Antonio Borges que falou da interrogação que fez no momento em que as fotos do corpo de Edinete estavam sendo mostradas, ele perguntou se Edinete havia de fato morrido.
Após o intervalo foi apresentada a entrevista feita por três emissoras no dia em que João participou da reconstituição dos três crimes que ele é acusado. Ele assistiu tudo bem tranqüilo, Elisângela ao contrário, ficou de cabeça baixa e com os olhos fechados o tempo todo. Da mesma forma aconteceu no momento da exibição da reconstituição dos crimes.
Até o fechamento desta matéria o júri ainda não havia acabado. Segundo a juíza Alessandra Arcângeli, o processo pode terminar ainda hoje ou não, dependerá dos debates entre promotoria e defesa.
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